sexta-feira, 23 de setembro de 2011

8 Curiosidades Sobre Paternidade


Imagem do garanhão Moulay Ismail
1 - A Mãe Mais Jovem
A Mãe mais jovem foi Lina Medina, que deu à luz um bebê (cesariana) com 2,9 Kg de peso em Lima no Peru em 1939. Lina tinha apenas 5 anos e 7 meses quando a criança nasceu. O bebê foi criado pelo seu irmão e só veio a descobrir que Lina era sua mãe aos 10 anos de idade.

Moças como a Lina sofrem de um desequilíbrio hormonal, ou puberdade precoce. Lina teve a sua primeira menstruação quando tinha 3 anos.


2 - O Pai Mais Jovem
Sean Stewart, de Sharnbrook em Inglaterra, foi pai de um saudável bebê de 2.7 Kg a 20 de Janeiro de 1998, com 12 anos de idade. Deram-lhe o dia de folga na escola para ele poder ir ao hospital ver a sua (também adolescente) namorada Emma Webster dar à luz ao seu filho.


3 - A Mãe Mais Velha
No dia 7 de Novembro de 1996, Arceli Keh deu à luz uma bebê (Cynthia) aos 63 anos e 9 meses de idade no Hospital Universitário de Loma Linda, Califórnia. A gravidez numa idade destas é de alto risco, tanto para a mãe como para o bebê. A maior parte dos especialistas em fertilização artificial recusam-se a fazer qualquer tratamento a pessoas com esta idade, no entanto Arceli disse-lhes que tinha apenas 50 anos, de modo a obter o tratamento. Resultou.


4 - O Pai Mais Velho
O mineiro Les Colley tornou-se no pai mais velho, quando, em Julho de 1992, aos 93 anos e 10 meses, o seu filho Oswald nasceu. Les não fumava, não bebia álcool e permaneceu sexualmente ativo até ao fim dos seus dias. Morreu 4 meses antes de fazer 100 anos com uma Pneumonia.

5 - A Avó Mais Jovem
Mum-Zi, uma mulher pertencente ao harém do Chefe Akkiri, na ilha de Calabar, Nigéria, foi mãe aos 8 anos e 4 meses. A sua filha também foi mãe aos 8 anos, tornando Mum-Zi avó aos 17 anos.

6 - O Avô Mais Jovem
Depois do nascimento do bebê do seu filho Stephen, de 14 anos, Dale Wright tornou-se no avô mais jovem, com 29 anos de idade. Dale também tinha sido pai aos 14.

7 - Homem com Mais Filhos
O último imperador de Marrocos, Moulay Ismail (1646-1727) teve inúmeros descendentes, devido às concubinas imperiais. Em 1703 já tinha pelo mesmo 342 filhas e 525 filhos; por volta de 1721 dizia-se que já tinha 700 descendentes masculinos.

8 - Mulher com Mais Filhos
De acordo com o "Livro dos Recordes do Guinness 2001", o maior número de crianças nascidas da mesma mãe é de 69. A proeza pertence à primeira mulher de Feodor Vassilyev, cujo nome é desconhecido. Entre 1725 e 1765, num total de 27 partos, ela deu à luz 16 pares de gêmeos, 7 trigêmeo e 4 quadrigêmeos. 67 deles sobreviveram até à adolescência.


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

3 Mentiras Mais Usadas No Mundo

3 Maiores Mentiras de Software:
-> O programa foi completamente testado e não tem erros.

-> Estamos a tratar na documentação.

-> É claro que o podemos modificar.


3 Maiores Mentiras das Grandes Companhias:
-> Trabalhamos em espírito de equipe.

-> As pessoas são o nosso maior recurso.

-> Dizemos, "que seja o mercado a decidir".


3 Maiores Mentiras das Pequenas Empresas:
-> Trabalhamos em espírito de equipe.

-> O patrão é como se fosse mais um colega.

-> Continuar pequenos é uma decisão consciente.


3 Maiores Mentiras de Marketing:
-> Entrega imediata? ...Não há problema!

-> Tratamos cada cliente como se fosse o mais importante.

-> Tratamos do negócio durante o almoço.


3 Maiores Mentiras dos Professores de Engenharia:
-> Um dia mais tarde, este curso irá ser-vos útil.

-> Estes testes custam-me tanto a corrigir como a vocês fazê-los.

-> É assim que eles fazem na realidade.


3 Maiores Mentiras dos Executivos:
-> Dinheiro ... é apenas uma parte do negócio.

-> Se fosse comigo, acabava já com os lugares reservados no parqueamento.

-> Teria que me torcer o braço para me convencer a ir a uma viagem de negócios.


3 Maiores Mentiras dos alunos que acabam de entrar no curso de Física:
-> Existem muitas saídas por aí para os licenciados em Física.

-> Vamos ganhar um monte de dinheiro na nossa carreira profissional.

-> O público em geral respeita os físicos.


3 Maiores Mentiras dos Professores:
-> A escola irá ajudar-vos em tudo o que puder.

-> O curso de professor é interessante e estimulante.

-> Os miúdos hoje em dia são iguais aos miúdos do tempo em que andávamos na escola.


3 Maiores Mentiras dos Publicitários:
-> Este produto é tão bom como parece.

-> Você precisa realmente do nosso produto.

-> Se você usar o nosso produto, irá ter sexo com pessoas iguais às que aparecem no nosso anúncio.


3 Maiores Mentiras das Encomendas:
-> A entrega será feita num prazo de 30 dias.

-> Se não estiver completamente satisfeito, garantimos o seu dinheiro de volta.

-> Oferecemos reparações gratuitas e em sua casa.


3 Maiores Mentiras dos Políticos:
-> Vou direto ao assunto.

-> Vou dar-lhe uma resposta direta à sua pergunta.

-> O governo não desperdiça o dinheiro dos contribuintes.


3 Maiores mentiras dos Pais:
-> Estamos a fazer isto para o teu próprio bem.

-> Poderás ter/fazer isso mais tarde (quando fores mais velho).

-> Neste momento não temos assim tanto dinheiro para isso.


3 Maiores mentiras das TopModels:
-> As mulheres normalmente têm este corpo.

-> As mulheres deviam ter o corpo assim.

-> Andar depressa e fazer dietas é bom para a saúde.


3 Maiores Mentiras dos Anúncios de Cerveja:
-> Beber cerveja é só para homens.

-> Irá conhecer grandes e bons amigos para toda a vida, num bar bebendo cerveja.

-> As mulheres acham os bêbados sexy.



3 Maiores Mentiras da Vida:
-> ... e viveram felizes para sempre.

-> A morte é indolor.

-> As coisas ficaram tão más que já não podem piorar mais.


Fonte:
http://guiadodesocupado.hpg.ig.com.br/cur_ment.htm


terça-feira, 13 de setembro de 2011

A curiosa história do Engenheiro Billings

A curiosa história do Engenheiro Billings,o homem que fez os rios correrem ao contrário, e mudou para sempre a cidade de São Paulo.

Engenheiro Billings,
O homem que mudou São Paulo
Capa de uma revista em quadrinhos com a história de sua vida, publicada em 1962

No caminho entre o litoral paulista e a cidade de São Paulo, uma série de tubulações que se erguem pelo gigantesco paredão rochoso da Serra do Mar chamam a atenção.
As tubulações da Usina de Cubatão (Henry Borden)

São as tubulações externas da "Usina de Cubatão" (Usina Henry Borden), uma das mais excepcionais obras da engenharia brasileira, fruto da criatividade e excelência técnica de um engenheiro que poderia ser classificado como um dos mais brilhantes que já passaram por nossas terras: Asa White Kenney Billings.

Porém, conhecendo um pouco melhor a história desta octogenária obra-prima, você perceberá que as tubulações que desafiam a serra do mar são meros coadjuvantes nesta história...
Rua Líbero Badaró em foto de 1922, Ano em que Billings chegou ao Brasil.

Billings, um norte americano de Omaha, nascido em 8 de fevereiro de 1876, chegou ao Brasil em fevereiro de 1922 como engenheiro da Light, a empresa canadense responsável pelo fornecimento de energia elétrica da cidade de São Paulo, pensando em ficar alguns poucos meses. Naquela época, o rápido crescimento da cidade, que começava a dar sinais de industrialização, já apontava um aumento significativo da demanda por energia elétrica.

A Light até hoje fornece energia elétrica para o Rio de Janeiro

Obcecado pela ideia de criar uma maneira de gerar energia de forma eficiente, aproveitando a geografia da cidade, teve uma ideia: Por quê não usar a queda abrupta de mais de 700 metros do planalto paulista para gerar energia elétrica ?

O Sistema idealizado por Billings
Reverter as águas do Rio Pinheiros, e depois lançá-las montanha abaixo, gerando energia elétrica.

A ideia era genial, mas ainda existia um enorme problema: a topografia da cidade fazia com que os rios que nasciam próximos à Serra do Mar, como o Tietê e o Pinheiros, corressem em direção ao centro do estado, e não para o litoral. O que tinha sido uma enorme vantagem para os Bandeirantes, que usaram os rios para explorar os rincões do Brasil, tornava-se um empecilho para as ideias de Billings.

"Piscina" em pleno Rio Pinheiros - Década de 20

Mas a perseverança e criatividade do engenheiro americano não tinham limites, e novamente ele teve uma ideia que a princípio mostrava-se absurda: Se os rios não correm para a Serra do Mar, por que não reverter seu curso através de estações elevatórias, formando um reservatório que permita a geração de energia ?

Pelo sistema de Billings, a energia gasta para elevar as águas do Pinheiros até a Serra do Mar é recuperada plenamente pela Usina Hidrelétrica

Os estudos mostraram que a reversão de toda a bacia do Tietê não seria factível, mas aplicar a ideia de Billings até a confluência entre os Rios Pinheiros e Tietê seria possível. Desta forma, o Rio Pinheiros seria transformado em um canal desde sua foz até a estação de bombeamento da Traição, que elevaria as águas em cerca de 5 metros, conduzindo-as até a base de uma represa que seria construída nos arredores de Santo Amaro, de onde seriam bombeadas até o Reservatório do Rio Grande, a ser formado por esta barragem. As águas seriam conduzidas às turbinas através de tubulações que desceriam a Serra. O maciço da Serra do Mar, que tantos obstáculos havia criado para a colonização do planalto, seria finalmente utilizado a favor dos paulistas.

Confluência dos Rios Pinheiros e Tietê, década de 20

O Rio Pinheiros, antes da retificação coordenada por Billings

À época, o Rio Pinheiros tinha um trajeto sinuoso, formando uma grande várzea inundável, cujos habitantes sofriam com frequentes inundações. O plano de Billings ainda teria a tarefa adicional de aumentar a eficiência do canal que levaria as águas para o reservatório retificando o curso do rio, que traria um efeito colateral interessante: acabar com as enchentes da região.

A Barragem do Rio Grande depois foi expandida, e desde 1949 é chamada de Represa Billings

Barragem do Rio das Pedras, onde é possível ver onde termina o planalto e começa o paredão da Serra do Mar

Casa das Vávulas da Usina de Cubatão, no alto da Serra, Vista espetacular da Baixada Santista

Em 1927 tiveram início as obras da Usina Hidrelétrica de Cubatão, a barragem do Rio Grande (que depois foi expandida e ganhou o nome de Represa Billings) e o deslocamento da antiga Estrada Rio-São Paulo, que passava exatamente por uma área que seria submersa.

Fotos da Usina de Cubatão (Henry Borden) durante sua construção

Barragem Rio das Pedras, 1929
Aqui o nível do Reservatório é controlado, e quando sobe muito é jogado serra abaixo até o Rio Cubatão

Casa das Válvulas no alto da Serra

Vista das tubulações externas durante a construção da Usina

Depois de problemas de atrasos nas obras durante o período iniciado a partir da Revolução de 32, a retificação do canal do Rio Pinheiros e as estações elevatórias em seu percurso foram concluídas em 1944, acabando com as grandes inundações que ocorriam em suas margens durante séculos (depois, com a impermeabilização do solo, as inundações voltaram, mas esta é outra história...)

Usina Elevatória da Traição, ao lado das avenidas dos Bandeirantes e Luis Carlos Berrini, quando em funcionamento, eleva em 5 metros as águas do Pinheiros


Interior da "Usina da Traição"

Com o sistema em pleno funcionamento, a Usina de Cubatão mostrou-se um sucesso acima das expectativas, pois sua queda de 720 metros e o uso das turbinas Pelton, otimizadas para uso com pouco volume de água, mas com alta queda, tornaram-na uma das mais eficientes do mundo.

Turbina Pelton
Apropriada para pouco volume de água com alta pressão

Turbina Pelton usada em Cubatão entre 1926 e 1975

O reconhecimento mundial do trabalho de Billings veio em 1936, quando a "Institution of Civil Engineers" de Londres convidou-o a apresentar um relatório sobre o trabalho feito no Brasil, especialmente em São Paulo. O documento "Water-Power in Brazil" tornou-se um clássico no assunto, com leitura recomendada nas Escolas de engenharia de todo o mundo. Seu nome é uma constante na lista dos maiores engenheiros do séc. XX.

Ordem do Cruzeiro do Sul. Pelos serviços prestados ao país, Billings a recebeu em 1946

Durante o período em que Billings esteve no Brasil, entre 1922 e 1949, a geração de energia em São Paulo aumentou de 90 mil quilowatts para mais de 500 mil quilowatts.

Ilustração mostrando a Usina Subterrânea de Cubatão (Usina Henry Borden) Construída depois da época de Billings, mas mesmo assim uma obra fantástica Escavada na rocha, é resistente a bombardeios de qualquer tipo.

Depois da aposentadoria de Billings, foi construída outra obra fantástica, uma segunda usina subterrânea ao lado da Usina de Cubatão, totalmente escavada na rocha, com os mesmos 720 metros de queda e turbinas Pelton, aumentando a capacidade de geração de energia para 800 mil quilowatts.

Entrada da Usina Subterrânea

Interior da usina subterrânea

Além da geração de energia, a Represa Billings tornou-se um dos principais mananciais da região metropolitana de São Paulo. Infelizmente, na década de 80, a poluição das águas do Pinheiros estava tornando as águas da Represa Billings impraticáveis para consumo humano, e o bombeamento foi interrompido. Com isto, hoje a Usina de Cubatão continua na ativa, mas opera com apenas 1/4 de sua capacidade.

Capivaras à beira do Rio Pinheiros
A poluição é tão alta que a água deixou de ser bombeada para a Represa Billings

Billings faleceu em sua residência na cidade californiana de La Jolla, em 3 de Novembro de 1949, poucos meses depois de ter se aposentado, deixando aquela que foi sua verdadeira pátria, por quem trabalhou incansavelmente.

 
Da próxima vez que estiver dirigindo pela Marginal Pinheiros, apreciando as margens agora um pouco mais limpas da Billings, fazendo compras nos Shoppings paulistas na região do Brooklin , ou melhor, ao acender uma lâmpada ou beber um copo de água, lembre-se que foi um perseverante e criativo engenheiro americano o responsável por algumas das mais importantes intervenções já realizadas na maior metrópole sul-americana.

Fonte: Desconhecida
Enviado ao Blog pelo amigo Henriques Fernando.


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A origem do medo de falar em público

Saiba mais sobre o medo de falar em público
Vergonha, inadequação, falta de conteúdo. O que leva uma pessoa a ter medo de falar em público?

Primeiro, vamos esclarecer rapidamente como funciona o medo.

O medo é um sentimento que pode ser utilizado tanto para a defesa do ser humano (estou com medo de pular de determinada altura, pois não tenho certeza das conseqüências, portanto , não o faço e assim me protejo), como ser um fator inibidor ou paralisante (gosto muito de determinada garota(o), mas tenho medo de me aproximar e iniciar uma conversa, não é uma situação de perigo, mas mesmo assim, é mais seguro ficar parado, porém, perco a oportunidade de conhecer a pessoa que tanto quero!).

O medo de falar em público funciona relativamente dessa forma. O público (que pode ser de 3 pessoas, uma sala de aula com 30 pessoas ou 3 mil pessoas) é algo não familiar, sem intimidade. Ou seja, desconhecido. Expor opinião, o ato de falar, de ser observado, de ser analisado, interpretado e julgado por pessoas “não familiares” gera medo, insegurança! Algumas pessoas conseguem superar esse medo (ou seja, não ficam paradas) e desenvolvem com mais facilidade o ato de falar em público. Outras não.

As pessoas que têm medo de falar em público normalmente sofrem com isso. Têm vontade de falar, de se expressar, de “ mostrar que existe e que está ali”, mas o medo as impede. Basta notar os efeitos físicos dos medrosos que se arriscam a falar. Alguns gaguejam, outros suam frio, o coração bate acelerado e o raciocínio não consegue ser organizado.

Não é feio nem errado não conseguir falar em público. Ou seja, ninguém precisa se sentir culpado por passar por isso. Existe o medo, resta enfrentá-lo para mudar esse quadro.

Algumas técnicas podem ser aplicadas. Manter a respiração estável alivia e com o tempo ajuda a desaparecer os sintomas físicos citados anteriormente. Manter o raciocínio (pensamento) focado somente na idéia ou no objeto verbal exposto é recomendado. Estabelecer uma postura corporal confortável antes da exposição, de outra forma, se adequar fisicamente para ser observado auxilia bastante ( para que não haja desequilíbrio, também causado pelo medo).

O principal é a auto-confiança. Ninguém precisa se preocupar com o julgamento dos outros, ou seja, com “o que ele pensa de mim”. Auto-confiança é estar seguro e satisfeito com “quem eu sou e o que eu penso sobre mim”. Enfim, superar o medo de falar em público é não se preocupar com a reação do outro à minha manifestação. E, para superar, é preciso agir.

Quem é dominado pelo medo, pode começar a se arriscar a falar em público. Aos poucos vai-se descobrindo que essa sensação de desespero ou fobia é por algo que realmente não existe e está somente nas confirmações psicológicas da pessoa envolvida pelo sentimento.

Fonte: Juliana Miranda - Equipe do SitedeCuriosidades.com

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A Física das Civilizações Extraterrestres

Quão avançadas elas poderiam ser?
Por Michio Kaku

1ª. Parte
Em seus últimos anos, Carl Sagan fez, em uma ocasião a seguinte pergunta: “Que significa para uma civilização ter a idade de um milhão de anos? Nós obtivemos radiotelescópios e naves espaciais há apenas umas poucas décadas; nossa civilização técnica tem apenas umas poucas centenas de anos... Uma civilização avançada de milhões de anos está muito mais longe de nós do que nós estamos de um pequeno arbusto na forma de um símio”.

Ainda que qualquer conjectura sobre tais civilizações avançadas seja só uma especulação, penso que podemos usar as leis da Física para estabelecer os limites superiores e inferiores destas civilizações.Em particular, agora que as leis no campo da Teoria Quântica, Relatividade Geral, Termodinâmica, etc., estão bastante bem estabelecidas, a Física pode impor amplos limites físicos os quais restringem os parâmetros destas civilizações.Esta pergunta não vai mais além de uma frívola especulação. Dentro de pouco, a humanidade pode sofrer um choque existencial quando a atual lista de uma dezena de planetas extra-solares do tamanho de Júpiter cresça a centenas de planetas do tamanho da Terra, gêmeos quase idênticos de nosso lugar celeste.Estamos iniciando o uso de uma nova classe de telescópio, O telescópio espacial de interferometria, o qual usa a interferência de os raios de luz para amplificar O poder de resolução de os telescópios.Por exemplo, a Missão de Interferometria Espacial (Space Interferometry Mission o SIM) consta de múltiplos telescópios situados ao largo de uma estrutura de 10 metros. Com uma resolução sem precedentes aproximando-se do limite físico da óptica. O SIM é tão sensível que quase desafia a imaginação: orbitando a Terra, pode detectar o movimento de uma lanterna agitada por um astronauta em Marte!O SIM, ademais, pavimentará o caminho para o Buscador de Planetas Terrestres (Terrestrial Planet Finder), que deverá identificar ainda mais planetas similares a Terra. Este poderá analisar as 1.000 estrelas mais brilhantes em um raio de 50 anos luz desde Terra e se centrará nos 50 a 100 sistemas planetários mais brilhantes.Tudo isto estimulará um esforço ativo em determinar se algum deles pode albergar vida, talvez alguns com civilizações mais avançadas que a nossa.Ainda que seja impossível predizer as características exatas de tais civilizações avançadas, podemos analisar seus limites usando as leis da Física. Não importa quantos milhões de anos nos separem deles, eles devem obedecer também às leis “de ferro” da Física, as quais estão já o bastante avançadas para explicar muito, desde as partículas subatômicas até a estrutura em enorme escala do Universo.

A Física das civilizações de Tipo I, II, e IIIEm concreto, podemos classificar as civilizações por seu consumo de energia, usando os seguintes princípios:

1) As leis da termodinâmica: inclusive uma civilização avançada está limitada pelas leis da termodinâmica, especialmente pela Segunda Lei, e pode, portanto ser classificada pela energia de que dispõe.

2) As leis da matéria estável: a matéria bariônica (baseada em prótons e nêutrons) tende a reunir-se em três grandes agrupamentos: planetas, estrelas e galáxias. Isto está bem definido pelo produto da evolução galáctica e estrelar, fusão termonuclear, etc.

3) As leis da evolução planetária: qualquer civilização avançada deve incrementar seu consumo de energia mais rapidamente que a freqüência de catástrofes que ameacem a vida (por exemplo, impactos de meteoritos, glaciações, supernovas, etc.). Se crescem mais lentamente, estão condenados à extinção. Isto marca O limite inferior para a taxa de crescimento de estas civilizações.

Em um artigo original publicado em 1964 no Journal of Soviet Astronomy, o astrofísico russo Nicolai Kardashev teorizou que as civilizações avançadas devem estar agrupadas de acordo com três tipos: Tipo I, II, e III, as quais chegaram a dominar as formas de energia planetária, estrelar e galáctica, respectivamente. Kardashev calculou que o consumo de energia destes três tipos de civilização estariam separados por um fator de muitos milhares de milhões. Porem, que tempo levará alcançar a situação de Tipo II e III?.

O astrônomo de Berkeley Don Goldsmith nos recorda que a Terra recebe ao redor de uma bilionésima parte da energia do Sol, e que os humanos utilizam só uma milionésima parte desta. De modo que consumimos ao redor de uma trilhonésima parte da energia total do Sol. Na atualidade, a produção energética total de nosso planeta é aproximadamente de 10 trilhões de ergs por segundo. Porém nosso crescimento energético aumenta de forma exponencial, e, portanto podemos calcular quanto nos levaria alcançar a situação de Tipo II ou III.

Goldsmith disse: “Veja quão longe chegamos no uso da energia uma vez que compreendemos como manipular, como obter combustíveis fósseis e como criar energia elétrica a partir da força da água, e assim sucessivamente; temos aumentado nosso uso de energia em uma quantidade extraordinária em apenas um par de séculos comparado com os milhares de milhões de anos de existência de nosso planeta... e da mesma forma poderia isto se aplicar a outras civilizações”.

O físico Freeman Dyson estima que, em um prazo não maior do que 200 anos, deveríamos alcançar plenamente a situação de Tipo I. Deste modo, crescendo a uma modesta taxa de 1% por ano, Kardashev estimou que levaríamos 3.200 anos para alcançar a situação de Tipo II, e 5.800 anos a situação de Tipo III.

Por exemplo, uma civilização de Tipo I é plenamente planetária, dominou a maioria de formas de energia de seu planeta. Sua produção de energia pode estar em ordem de milhares de milhões de vezes a produção atual de nosso planeta. Mark Twain disse uma vez: ”Todo mundo se queixa do clima, porém ninguém faz nada para mudá-lo“. Isto poderia mudar com uma civilização de Tipo I, a qual tenha suficiente energia para modificar o clima. Também teriam suficiente energia para alterar o rumo de terremotos, vulcões, e construir cidades nos oceanos.

Atualmente, nossa produção de energia nos qualifica para o estado de transição do Tipo 0 para a consolidação do Tipo I. Derivamos nossa energia não do aproveitamento de forças globais, mas da combustão de plantas mortas (por exemplo, petróleo e carbono). Porém, já podemos ver as sementes de uma civilização de Tipo I. Vemos o começo de uma linguagem planetária (Inglês), um sistema de comunicação planetário (Internet), uma economia planetária (a força da União Européia, por exemplo), e inclusive os começos de uma cultura planetária (meios de comunicação, TV, música rock, e cinema).

Por definição, uma civilização avançada deve crescer mais rápido que a freqüência de catástrofes que ameacem a vida. Como o impacto de um grande meteorito ou cometa tem lugar uma vez a cada poucos milhares de anos, uma civilização de Tipo I deve dominar a viagem espacial para desviar os escombros em um lapso de tempo que elimine o problema. As glaciações têm lugar em uma escala temporal de dezenas de milhares de anos: então civilização de Tipo I deve aprender a modificar o clima dentro deste marco temporal.

2ª. Parte
As catástrofes artificiais e internas devem ser também levadas em conta. Porém o problema da contaminação global é só uma ameaça mortal para uma civilização de Tipo 0; uma civilização de Tipo I que tenha vivido durante vários milênios como civilização planetária, necessariamente leva a cabo um desequilíbrio planetário em nível ecológico. Os problemas internos supõem uma ameaça séria recorrente, porém têm milhares de anos de existência nos quais podem resolver conflitos raciais, nacionais e sectários.

Finalmente, depois de vários milhares de anos, uma civilização de Tipo I esgotará a energia de um planeta, e derivará sua energia do consumo da completa produção de energia de seus sóis, ou aproximadamente mil bilhões de trilhões de ergs por segundo.

Com sua produção de energia similar a de uma pequena estrela, deveriam ser detectáveis desde o espaço. Dyson propôs que uma civilização de Tipo II poderia inclusive construir uma gigantesca esfera ao redor de sua estrela para usar de forma mais eficiente a produção de energia total. Desde o espaço exterior, seu planeta brilharia como um árvore de Natal. Dyson inclusive propôs buscar especificamente emissões de infravermelho (mais que as de rádio e TV) para identificar estas civilizações de Tipo II.

Talvez a única ameaça séria para uma civilização de Tipo II seria a explosão próxima de uma Supernova, cuja súbita erupção poderia chamuscar seu planeta com um fulminante jorro de Raios-X, matando todas as formas de vida. Desta forma, talvez a civilização mais interessante é a de Tipo III, por ser verdadeiramente imortal. Esgotaram a energia de uma estrela individual, e então alcançaram outros sistemas estelares. Nenhuma catástrofe natural conhecida pela ciência é capaz de destruir uma civilização de Tipo III.

Para enfrentar uma Supernova vizinha, teriam distintas alternativas, tais como alterar a evolução da gigante vermelha moribunda que está à beira de explodir, ou abandonar esse sistema estelar e terraformar um sistema planetário diverso.

Sem dúvida, há limites para uma civilização emergente de Tipo III. Finalmente, se chocaria com outra das “leis de ferro” da Física, a Teoria da Relatividade. Dyson estima que isto poderia ser um obstáculo para a transição a uma civilização de Tipo III de talvez milhões de anos.

Porém, mesmo com a barreira da velocidade luz, há um número de caminhos para expandir-se a velocidades próximas à da luz. Por exemplo, a última medida da capacidade dos foguetes se toma mediante algo chamado “impulso específico” (definido como o produto do empuxo e a duração, medidos em unidades de segundos). Os foguetes químicos podem alcançar impulsos específicos de várias centenas a milhares de segundos. Os motores iônicos podem obter impulsos específicos de dezenas de milhares de segundos. Porém para obter velocidades próximas à da luz, se deve alcançar um impulso específico de aproximadamente 30 milhões de segundos, o qual está muito longe de nossa capacidade atual, porém não para uma civilização de Tipo III. Uma variedade de sistemas de propulsão poderia estar disponível para sondas de velocidade extremas (tais como motores de fusão, motores fotônicos, etc.).

Devido a que a distância entre estrelas é tão enorme, e o número de sistemas solares não aptos para a vida seja tão grande, uma civilização de Tipo III se encontraria com o seguinte dilema: Qual é a forma mais eficiente de forma matemática para explorar as centenas de milhares de milhões de estrelas da galáxia?

Na ficção científica, a busca de mundos habitáveis tem sido imortalizada por heróicos capitães que comandam valentemente uma solitária nave estelar, ou como os assassinos Borg, uma civilização de Tipo III que absorve uma menor civilização de Tipo II (como a Federação). Sem dúvida, o método matematicamente mais eficiente para explorar o espaço é bastante menos glamouroso: enviar flotilhas de “sondas Von Neumann” através da galáxia (chamadas assim em homenagem a John Von Neumann, que estabeleceu as leis matemáticas dos sistemas auto-replicantes).

Uma sonda Von Neumann é um robô desenhado para alcançar sistemas estelares muito distantes e criar fábricas que reproduziriam cópias de si mesmas aos milhares. Uma lua morta é um destino ideal para uma sonda Von Neumann, muito mais que um planeta, devido a que se pode aterrissar e se lançar mais facilmente delas, e também devido a que estas luas geralmente não apresentam mais problemas de erosão. Estas sondas viveriam do solo, usando os depósitos naturais de ferro, níquel, etc., para criar a matéria prima com o que construiriam uma fábrica de robôs. Criariam milhares de cópias de si mesmos, com o qual poderiam dispersar-se e seguir a busca em outros sistemas estelares.

De forma similar a como um vírus coloniza um corpo com um tamanho de várias vezes o seu, finalmente teríamos trilhões de sondas Von Neumann expandindo-se em todas direções, crescendo a uma fração da velocidade da luz. Desta forma, inclusive uma galáxia de 100.000 anos-luz de tamanho poderia ser completamente analisada em, digamos, meio milhão de anos.

Se uma sonda Von Neumann só encontra evidências de vida primitiva (tais como uma inestável e selvagem civilização de Tipo 0) simplesmente permaneceria na lua, esperando em silêncio que a civilização de Tipo 0 evolucione a uma civilização estável de Tipo I. Depois de esperar pacientemente durante alguns milênios, se ativariam quando a emergente civilização de Tipo I seja o bastante avançada para estabelecer uma colônia lunar. O Físico Paul Davies da Universidade de Adelaide propôs a possibilidade de que uma sonda Von Neumann descansou em nossa lua, numa visita prévia a nosso sistema há milhares de anos atrás.

Fonte:
http://cinciaeinvestigacao.blogspot.com/2009/09/fisica-das-civilizacoes.html